O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, declarou nesta terça-feira, dia 10, durante a reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em Brasília, que também é contrário à realização da “1ª Marcha da Maconha” em Volta Redonda. O evento está marcado para o dia 29 de maio, na cidade do Sul Fluminense. A afirmação do ministro foi feita após um discurso do deputado federal Delegado Antonio Furtado, solicitando aos demais parlamentares apoio à aprovação de uma “Nota de Repúdio” em desfavor do evento, que será votada na próxima semana.
Anderson Torres classificou a iniciativa como uma vergonha, completando que se solidariza com Furtado e que faz questão de demonstrar sua insatisfação e contrariedade frente à realização da “Marcha da Maconha”.
“Não concordo e acho um absurdo. Essas pessoas deveriam se explicar para uma mãe que perdeu o filho para a maconha, que carrega um luto para o resto da vida. É inadmissível esse tipo de coisa em nosso país. Isso é apologia ao crime e eu vejo com maus olhos atitudes como essa, visto que não engrandecem e nem trazem nada de positivo para a sociedade”, salientou.
Furtado aproveitou o momento para explicar a importância da criação e ampliação de medidas de prevenção contra o uso de drogas. Para o deputado, além de reprimir, é necessário também aumentar as ações de conscientização.
“Precisamos mostrar aos jovens o quanto é nocivo ingressar nesse caminho, que por muitas vezes não tem volta. Destacando os impactos negativos, reduzimos o interesse pela falsa impressão de que a droga pode proporcionar algum tipo de benefício. A droga só serve para destruir sonhos e vidas. Se nos calarmos diante desta marcha da maconha, novas marchas serão realizadas em outras cidades, também para promover o consumo, pondo em risco os nossos filhos”, frisou.
O parlamentar ainda criticou a motivação para a realização da “Marcha da Maconha”. Ele acredita que, por trás da desculpa de liberar o entorpecente, o verdadeiro intuito é atrair jovens e, consequentemente, novos usuários.
“A previsão é de que o evento dure 7 horas e 40 minutos. Eu conheço Volta Redonda, tenho apreço por essa cidade, e sei que entre a concentração e o ponto de dispersão do público, o percurso a pé não dura mais do que 20 minutos. Sendo assim, deixo a pergunta. Qual é o real objetivo dos organizadores? Captar mais usuários. Minha fala é um grito de protesto contra essa marcha da vergonha e a favor da vida. As famílias precisam se unir para evitar esse tipo de movimento, cujas consequências são trágicas e desastrosas. Quanto mais pessoas disserem “não” à marcha, mais força teremos para proteger Volta Redonda e todas as cidades do Brasil”, concluiu o deputado Antonio Furtado.
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