O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Corregedoria da Polícia Militar, realiza, nesta sexta-feira (18/11), a operação “Bote Sujo” para cumprir mandados de prisão contra três policiais militares denunciados pelos crimes de associação criminosa voltada para a apreensão ilegal e comércio ilegal de armas de fogo no município de Barra Mansa, interior do Estado do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar do Estado do Rio de Janeiro e todos os alvos foram presos.
As investigações demonstraram que os policiais militares Janitom Celso Rosa Amorim, vulgo Celsinho; Luciano Julio de Souza, vulgo Batata, lotados no 37º BPM (Resende); e Renan Braga da Silva, lotado no 28º BPM (Volta Redonda), no exercício de suas funções, se juntaram para realizar “botes” em criminosos e apreender ilegalmente armas, sem apresentá-las à autoridade policial, e, posteriormente, comercializar essas armas e munições com diversas pessoas, muitas delas sem porte de arma e com passagens policiais. Também ficou comprovado que o grupo chegava a realizar furtos de outras armas, valendo-se, inclusive, de ferramentas para o rompimento de obstáculos, como portões e cercas.
Ainda de acordo com a denúncia, “a investigação também comprovou que o policial militar e ora denunciado Luciano Julio de Souza, vulgo Batata, é um dos grandes responsáveis pela venda ilegal de armas e munições na Região Sul Fluminense, valendo-se do seu registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) para cometer tal delito”.
Atualização:
Renan e Luciano foram presos no início da manhã. O mandado de prisão contra Janitom, que já se encontrava custodiado, foi cumprido na prisão.