Um eletricista de 24 anos foi preso nesta segunda-feira, “Dia dos Namorados”, por estuprar a ex-namorada de 16 anos, com quem manteve um relacionamento por cerca de um ano e meio. O crime, registrado na 88ª DP (Barra do Piraí), foi comprovado por meio de exames e um laudo técnico. Em depoimento, a vítima afirmou que o jovem sempre apresentou um perfil agressivo, ciumento e abusivo, xingando-a, agredindo-a e a impedindo de postar fotos em redes sociais. O delegado titular da unidade, Antonio Furtado, acompanhou a apuração do caso e determinou a prisão em flagrante.
Recentemente, o eletricista quebrou o portão da casa e uma gaveta de um móvel do quarto da ex-namorada. Com a justificativa de tentar auxiliar nesses consertos, o suspeito retornou à residência da adolescente nesta segunda-feira, dia 12. Ao perceber que a vítima estava sozinha e sem o seu consentimento, a beijou, mordeu, arrancou sua roupa e consumou o abuso sexual.
Furtado ressaltou que, segundo a adolescente, o acusado ria e debochava dela enquanto a estuprava. Para se defender, a vítima assumiu ter pego um vidro que estava na penteadeira e usado contra o ex-namorado, o que ocasionou um corte em sua testa. Vizinhos próximos afirmaram que ouviram xingamentos por parte do eletricista e pedidos de socorro da vítima. Com lesões no corpo, a adolescente precisou ir à unidade médica, mas antes, esteve na delegacia para registrar o fato. A pena para o crime de estupro pode chegar a 10 anos de prisão.
Há cerca de três semanas, durante uma festa em que ambos estavam, o jovem chegou a jogar um copo de cerveja contra o rosto da vítima. O fato foi presenciado por amigos do casal, o que para Furtado reforça o comportamento desequilibrado, possessivo e violento do suspeito.
“É profundamente lamentável que ainda ocorram tantos casos de violência contra a mulher. Os abusadores precisam compreender que o “não” significa “não”. A mulher tem o direito de escolher com quem deseja manter um relacionamento, e isso deve ser respeitado. Não se cale, denuncie, logo nos primeiros sinais, como xingamentos ou ameaças. Isto evita que crimes mais graves aconteçam”, concluiu o delegado.
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