Em busca de respostas e soluções para a questão do pó preto que assola a cidade de Volta Redonda, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Conrado, esteve em uma reunião na terça-feira com a direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda. A reunião contou com a presença do novo Diretor Executivo da Siderúrgica, Alexandre Lyra, e demais diretores da empresa.
O objetivo do encontro foi cobrar providências imediatas e obter informações sobre as medidas que a CSN está adotando para lidar com o problema do pó preto, que afeta a qualidade de vida da população. Paulo Conrado, na condição de presidente da Câmara, expressou sua preocupação com a situação e buscou esclarecimentos sobre as causas e as soluções propostas pela empresa.
De acordo com informações obtidas durante a reunião, foi explicado que, nesta época do ano, ocorre um fenômeno climático natural chamado inversão térmica, que é agravado durante períodos de estiagem e clima seco e frio. Esse fenômeno faz com que as partículas suspensas no ar se acumulem sobre a região onde ocorre a inversão térmica. No entanto, Paulo Conrado ressaltou que esse fato não justifica a presença do pó preto e enfatizou a necessidade de medidas para minimizar seus impactos.
A CSN informou que, além das questões climáticas, tem investido em equipamentos modernos, como filtros de despoeiramento, que são uma solução a médio prazo. O presidente da Câmara questionou então quais seriam as soluções a curto prazo para lidar com o problema.
Os diretores da CSN relataram que a empresa está iniciando a implantação de máquinas novas e modernas de varrição, bem como canhões de neblina de água, visando evitar a dispersão de poeira em situações de ventos fortes na cidade. Além disso, estão realizando uma regulagem da produção em processos que possam causar emissões, bem como aumentando as paradas de manutenção, mesmo que isso reduza a produção.
Como medidas a curto prazo, a empresa destacou que já foram reparados seis fornos críticos da Coqueria e que estão mobilizando equipes para reparos nas sinterizações. Também mencionaram ações para controlar a qualidade da sucata utilizada na Aciaria, aumentar a frequência das manutenções e dobrar a frequência da limpeza dos equipamentos.
Paulo Conrado expressou sua esperança diante das medidas apresentadas pela CSN e ressaltou que o novo diretor, Alexandre Lyra, demonstrou sensibilidade em relação às emissões de pó na cidade. No entanto, ele reforçou a importância de um acompanhamento constante e de cobranças para que os resultados concretos sejam alcançados. O presidente da Câmara afirmou que estará vigilante e pronto para exigir uma solução definitiva para o problema do pó preto e da fumaça vermelha.