No segundo dia do 10º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio Mundial a família do Sr. Valentim, mestre do Quilombo do Campinho, e as artesãs Sueli Martins Mariano, Aguimaria Martins Mariano, Catia Bento, Margarida Alves da Conceição e Rosangela Jota foram convidadas para conversar com o público sobre o tema ‘Comunidades Tradicionais: Artesanato e Ancestralidade’.
“A chance de mediar uma mesa nesse evento falando sobre artesanato, tradições, sabedoria, costumes e ancestralidade é semear uma semente que certamente irá germinar”, declarou Rosangela. “Agradeço muito às pessoas que apostaram em mim”.
Moradora do Campinho, Sueli também agradeceu pela oportunidade de contar sobre o seu trabalho. “Foi muito gratificante mostrar minha arte e compartilhar os usos da matéria-prima que escolho pras minhas peças. Eu colho a taboa, planta nativa de Paraty, no brejo, e conheço a importância dessa palha: é alimento, planta medicinal, pode ser colocada em telhados, pode ser até transformada em barco”.
A Visita Técnica no Quilombo do Campinho, primeiro a receber a titulação no Rio de Janeiro, percorreu saberes e fazeres das famílias. O artesanato, técnicas de agroecologia e a casa da farinha encantaram os visitantes!
O secretário de Cultura de Paraty José Sérgio Barros participou do Painel 1 – Modelos de Gestão do Patrimônio, falando a respeito dos desafios da gestão do Patrimônio Misto e apresentando programas e ações de salvaguarda do patrimônio material e imaterial no sítio de Paraty e Ilha Grande. Na Visita Técnica ‘Leituras do Território’ os guias turísticos narraram os ciclos que marcam a história da cidade e apresentaram a Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja do Rosário e a exposição “Por uma história cultural de Paraty (1945-2019)”, em cartaz na Casa da Cultura. A Orquestra de Violões de Paraty fez o encerramento.