Na manhã desta quarta-feira, dia 30, os autores dos livros ‘Barra Mansa – Cidade de Gente’ compareceram à sessão ordinária da Câmara de Vereadores para cobrar explicações por falsas acusações feitas pelo vereador Marcell Castro. Em sessão anterior, o parlamentar acusou o Poder Executivo de superfaturamento e esquemas de corrupção envolvendo a produção e aquisição dos materiais didáticos.
No início dos trabalhos, o vereador Gustavo Gomes abriu mão do seu espaço de fala para que uma das autoras e gerente administrativa e financeira da Secretaria de Educação, Morgana Vieira, expressasse sua indignação e apresentasse informações oficiais sobre os livros. “Esses exemplares são frutos do trabalho de professores e pedagogos que estão há muito tempo na rede. O prefeito sequer poderia pegar nossa obra intelectual e mandar para uma gráfica, não se trata disso. Esses livros são obras registradas no Instituto Sulbrasileiro de Ensino (ISBE), que é um RG do livro, e os profissionais envolvidos também estão cadastrados como autores. Nós vendemos o nosso trabalho para uma editora, que é de Fortaleza e possui um projeto que tem o intuito de resgatar raízes históricas e geográficas através de um retrato personalizado em formato de livro”, disse Morgana, que também é presidente do Conselho Municipal de Educação.
Morgana ainda esclareceu pontos do processo administrativo para a aquisição dos livros e distribuição gratuita para os alunos dos anos iniciais e finais da rede pública. “Essa é uma obra personalíssima, que só interessa a população de Barra Mansa, por tanto há inexibilidade de licitação. No processo há um cronograma a ser cumprido, com lançamento, concursos de redação e outros pontos que devem ser realizados até o fim do contrato. Dentro desse cronograma, contava por exemplo, a presença de nós, autores, em todas as unidades para uma cerimônia de entrega e autógrafos em todos os exemplares recebidos pelos estudantes. Os livros já foram distribuídos aos alunos de todas as escolas municipais e no almoxarifado há mais exemplares que serão entregues no próximo ano letivo”, revelou Morgana.
Ainda durante a sessão, os vereadores fizeram uma série de perguntas sobre o processo de aquisição, mas o autor das acusações não fez questionamentos. Morgana respondeu todos os parlamentares e lembrou ainda que, os documentos estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência da prefeitura e se colocou à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas.
Ao final, o presidente da Câmara, Paulo Sandro, pediu perdão, em nome de todos os vereadores, pelas falas de Marcell Castro. “Eu achei uma falta de respeito o que foi feito com os profissionais envolvidos no projeto dos livros na sessão anterior. Hoje eu estive em uma das papelarias da cidade e adquiri dois cadernos, um mais simples, ao custo de R$ 7, e outro de capa dura, no valor de R$17,80. Agora dizer que um livro, que teve o trabalho e esforço de uma equipe, custa em torno de R$28? Na presença de todos os autores, quero pedir perdão a cada um por essas falácias políticas, pois eu não aceito esse jogo sujo”, finalizou.
Fotos: Felipe Vieira