No dia 31 do mês passado, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Transportes Coletivos de Passageiros de Barra Mansa, Raimundo José Filho, recebeu um ofício do Trans BM – Consórcio Barra Mansa, composto pelas empresas de ônibus Colitur e Triecon, acerca das dificuldades enfrentadas e possíveis demissões. No documento o consórcio alega que, com as dificuldades financeiras enfrentadas, será obrigado a reduzir o quadro de empregados, o que consequentemente acarretará em demissões.
Alegando estar sem condições financeiras, o TransBM ainda solicita que o Sindicato realize uma assembléia junto aos trabalhadores, para que se aprove a quitação dessas recisões de forma parcelada.
Segundo Raimundo, a preocupação que o Sindicato tem hoje é que já aconteceram várias demissões desde o período da pandemia e que vem aumentando: ‘antes tinha cobrador e hoje o motorista está dirigindo e cobrando. Está tendo ainda uma redução muito grande dos horários por conta dessas demissões. As empresas, por sua vez, alegam que não tem condições de arcar com as despesas por conta da defasagem no valor das tarifas’. Alertou o sindicalista.
O Sindicato pretende marcar uma reunião com o poder público de Barra Mansa (Prefeitura e Câmara), afim de que se chegue um acordo: ‘esperamos que a Prefeitura autorize o reajuste da tarifa de ônibus ou dê um subsídio para as empresas’. Destacou Raimundo, afirmando que a Prefeitura de Resende subsidia o transporte público local.
Por fim, o presidente do Sindicato ainda demonstrou uma enorme preocupação com o que ele considera hoje uma falta de entendimento entre as empresas de ônibus e o poder publico: ‘as empresas reclamam justamente disso – óleo diesel que está subindo o preço constantemente e, por outro lado, a Prefeitura não entra com nenhum subsídio para equilibrar a situação. Como a Prefeitura de Barra Mansa alega que não tem recursos, vai chegar uma hora que o transporte público da cidade vai ter que parar. Volta Redonda, pelo que eu acompanho, está passando pelo mesmo problema’. Completou o representante dos rodoviários, informando que já vai para cinco anos o congelamento do preço da tarifa de ônibus em Barra Mansa.