Volta Redonda: Advogados da família de menino arremessado em lixeira pedem prisão do agressor

Os advogados da família do menino de 12 anos, arremessado em uma lixeira no dia 21 de fevereiro, em Volta Redonda, solicitaram ao delegado Vinícius Coutinho, titular da 93ª DP, que represente pela prisão temporária do suspeito junto ao Ministério Público. Daniela Gregio e William Teixeira pedem, ainda, uma nova tipificação dos crimes após análise das imagens, alegando que o cliente está sofrendo um prejuízo “irreparável”.

O caso ocorreu nas proximidades de um estabelecimento comercial na Rua Simão da Cunha Gago, no bairro Aterrado. Uma das advogadas da família destacou que também foi solicitado que o dono da lanchonete onde o caso ocorreu seja incluído no inquérito. Segundo ela, o homem aparece no vídeo observando os fatos, porém sem demonstrar qualquer indignação ou prestar socorro ao menor.

O suspeito, um empresário de Resende, proprietário de uma loja de veículos, teria agredido a criança pelo simples fato dela não tê-lo cumprimentado. A vítima foi ouvida nesta quinta-feira (dia 6) no Centro de Atendimento Integrado à Criança e ao Adolescente (CATI-CA), que oferece escuta especializada para menores vítimas de violência.

O caso

O incidente gerou grande repercussão, sendo amplamente noticiado em todo o Brasil. Os advogados Daniela Gregio e William Teixeira alegam que, além de lesão corporal, o agressor ainda cometeu outros crimes.

Após analisarem imagens de câmeras de segurança, os profissionais apontaram que, além de jogar o menino na lixeira, o suspeito o pressionou dentro do recipiente por cerca de 30 segundos, aumentando o risco de lesões graves. Durante esse período, o empresário também teria cometido importunação sexual, ao sentar no colo da criança, conforme denunciam os advogados.

Desabafo

Em um vídeo gravado em frente ao local do ocorrido, a mãe do menino disse que o que mais a deixou indignada foi a omissão das testemunhas. “Eu peço que o Poder Judiciário e a Polícia tomem uma atitude imediatamente. Que ele [agressor] se apresente, responda e pague por todos os crimes e por toda a humilhação que fez com meu filho”, relatou a mulher, dizendo ainda que a criança está sendo acompanhada por dois psicólogos.

“Meu filho não quer mais sair, está afastado da escola e não tem mais a vida normal que tinha. Esse é o clamor de uma mãe que está de mãos atadas. Esse cara está tendo uma vida normal, inclusive postando em redes sociais, e meu filho não está”.

A advogada Daniela Gregio afirmou que, diante dessas evidências, solicitou à 93ª DP que os crimes de tortura e importunação sexual fossem incluídos no inquérito. “Estamos pedindo que o suspeito seja preso temporariamente, pois não podemos permitir que uma violência tão brutal contra uma criança fique impune”, declarou.

O advogado William Teixeira também pediu uma resposta firme das autoridades. “Não podemos aceitar que um crime tão grave aconteça na frente de tantas pessoas e que o responsável siga sua vida sem consequências. Estamos lutando por justiça e por medidas mais rigorosas”, afirmou.

O pedido de prisão foi apresentado na 93ª DP e deve ser analisado pelo delegado Vinícius Coutinho. “Estamos em vias de conclusão e o investigado já está intimado para ser interrogado”, informou o delegado. O inquérito segue em andamento.

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