Uma grave ocorrência de violência doméstica, psicológica e física foi registrada no início da manhã desta sexta-feira (25) no bairro São Luís, em Barra Mansa. O caso envolve um homem com longo histórico criminal que, segundo testemunhas, proferiu ameaças e ofensas graves à sua ex-companheira e agrediu um homem com deficiência, além de ameaçar um idoso.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 7h, quando um cidadão abordou uma viatura da 2ª Companhia, ocupada pelos sargentos Moisés e Bastos. Conforme relato, o agressor teria chamado a ex-companheira de “vagabunda” e a ameaçado de morte, dizendo que iria “encher de tiros”. As agressões verbais, feitas na presença dos filhos do casal, configuram violência psicológica, conforme previsto na Lei Maria da Penha.
Durante o episódio, o suspeito também teria agredido um homem com deficiência física e em estado de saúde crítico, que depende de oxigênio para sobreviver. A vítima foi atingida com tapas no rosto e pescoço e ameaçada de morte. Um idoso de 67 anos, que tentou intervir em defesa da mulher, também foi ameaçado.
O caso apresenta agravantes legais, já que os atos ocorreram diante de crianças e envolveram uma pessoa vulnerável e um idoso, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Estatuto do Idoso.
A Polícia Civil confirmou que o agressor possui um extenso histórico de infrações, com registros desde 2013. Entre os crimes, constam ameaças, lesão corporal, corrupção ativa, tráfico de drogas, extração ilegal de recursos minerais e outras violações à Lei de Drogas. Em 2025, ele chegou a ser vítima de tentativa de homicídio. Investigações anteriores também revelam vínculo com outros investigados, inclusive familiares próximos, como o próprio pai.
Em outubro de 2022, a 90ª Delegacia de Polícia de Barra Mansa já havia registrado uma denúncia da mesma ex-companheira, com solicitação de exame de corpo de delito, reforçando o padrão de agressões reiteradas.
Apesar das recorrentes denúncias e passagens pela polícia, o suspeito teve mandados de soltura expedidos em processos anteriores. O caso reacende o debate sobre a efetividade das medidas judiciais frente à reincidência em crimes de violência doméstica.
As investigações seguem na 90ª DP, que já apura o caso com base em múltiplas frentes legais. Até o momento, o acusado não foi preso.
